quinta-feira, 20 de novembro de 2014

A IMPORTÂNCIA DA INTERNET NA FORMAÇÃO DOS VALORES SÓCIO CULTURAIS ATRAVÉS DO PROJETO “SOMOS O QUE SOMOS E NÓS NUNCA VAMOS PARAR”

Marcelo Santos, Sarah Bertolino, Jéssica Vanessa & Roberta Campos, 6º Jor


            Cada vez mais presente em nosso dia a dia, o uso da internet segue em ritmo frequente e acelerado. O crescimento da era digital é inevitável, em um momento em que o meio virtual é utilizado para o contato com as pessoas, entretenimento e, como fonte de acesso à informação.
            Rede é todo espaço virtual que permite ter um círculo de amigos ou seguidores, bem como compartilhar fotos, dados pessoais, ideias, opiniões e conhecimento; enfim, uma forma recente de comunicação por uma tela, em que invade não só o mundo tecnológico, como o real. O homem, como ser social, usou a comunicação como uma arma indispensável. Conforme as civilizações ocupavam áreas cada vez mais distantes geograficamente, a comunicação a longa distância se tornava cada vez mais uma necessidade e um desafio. Os primeiros aparecimentos virtuais surgiram em 1970, com os “e-mail lists”. O surgimento dessas novas tecnologias começa a ganhar proporção na década de 80, com os microprocessadores, época em que a comunicação entrou em uma nova fase.
            De uma simples troca de mensagens, a internet ganha outras plataformas e proporções comunicacionais bem mais abrangentes, como o Facebook e Twitter. A tendência tecnológica representa um papel imprescindível  na divulgação de acontecimentos nacionais e internacionais, além de serem capazes de movimentar  uma sociedade por uma mesma causa. Visto que, o ambiente virtual tem forte influência na formação da opinião pública, além de a ferramenta ser essencial na atualização (leitura de notícias) e, ainda no relacionamento entre as pessoas.
            A divulgação de fatos têm repercussão nas redes sociais de tamanha proporção, que podem causar vantagens para uma sociedade, como também efeitos colaterais.  A nova Sociedade do Conhecimento é reflexo do fenômeno de um mundo cada vez mais interativo e globalizado, em  rápida expansão. Perante a essa transformação, a sociedade está inserida num processo de mudanças, em que as novas tecnologias são as principais responsáveis.

            A conquista de novas tecnologias sofisticou a forma de comunicação, transformou hábitos e costumes. A mudança redesenhou  uma nova estrutura, na qual o papel do Estado assume outra característica e imposição.
            Mudam-se as leis, porém, não se mudam as cabeças. Contudo, a mídia é capaz de provocar comportamentos, atitudes e criar ideologias. A cultura, ou falta dela, é ainda o grande obstáculo para a inclusão da diversidade e pelos direitos igualitários. Há situações, entretanto, em que a mídia se abstém, deixando de tratar assuntos relevantes e polêmicos. Conceitos mal formados e ideias reacionárias encontram em alguns personagens o bode expiatório para todos os problemas sociais. É o homossexual que vai destruir o conceito de matrimônio, o judeu que controla a economia do mundo, o negro que se aproveita das cotas. Inúmeros clichês tomados por verdade, e abraçados por grupos radicais, segregam seres humanos até hoje. Pensando nisso, e com essa perspectiva expansiva das mídias sociais, universitários de jornalismo do Centro Universitário UDC, Marcelo Santos, Márcio Albino e Sarah Bertolino, criaram o projeto on line “Somos o que somos e nós nunca vamos parar”, por meio do site ID Fronteira, onde deixam de lado o estigma e buscam em cada uma destas pessoas suas qualidades e traços positivos. 

O PROJETO “SOMOS O QUE SOMOS E NÓS NUNCA VAMOS PARAR”

O projeto desenvolvido pelos acadêmicos: Marcelo Santos, Sarah Bertolino, Márcio Albino com participação de Jéssica Vanessa e Rosimeire de Oliveira, tem como objetivo promover e lutar contra o preconceito de maneira geral.

Para fortalecer a campanha foi criado o site ID FRONTEIRA,  comandado pelos universitários. O site é uma maneira de aproximar as ideias ao público que sofre ou sofreu algum tipo de preconceito, em algum momento da vida. Mas, ao contrário das campanhas tradicionais que ressaltam o preconceito voltado apenas para um grupo, este destaca personagens específicos como: gay, judeu, negro, gordo, nerd. Além disso, destaca a qualidade de cada um. 

A campanha está em fase inicial, às divulgações seguem no Centro Universitário Dinâmica das Cataratas (UDC), Faculdade Anglo Americano e UDC Monjolo. Os idealizadores reforçam a campanha principalmente utilizando-se das redes sociais, pelo fácil acesso e alcance que a web proporciona. A aceitação foi imediata. O projeto gráfico incluiu banners e panfletos, escolhido por ser algo palpável e convidativo.

Futuramente os acadêmicos pretendem expandir a campanha com exibições em escolas estaduais, promovendo aceitação e tolerância, tanto do outro como de si mesmo, para as gerações mais novas e jovens.

Com organização do jornalista Carlos Gruber, o projeto envolveu mais de 15 participantes e contará com três etapas de promoção na cidade.

A primeira etapa de “SOMOS O QUE SOMOS E NÓS NUNCA VAMOS PARAR” foi os banners espalhados pelo saguão das faculdades participantes. Cada banner contou com um personagem representando algum tipo de preconceito. A exposição aconteceu durante duas semanas juntamente com a entrega de panfletos.

A segunda etapa consiste no vídeo promocional, com depoimentos desses mesmos personagens, com relatos de preconceitos já sofridos. 
Ao final do vídeo, os participantes farão uma breve apresentação e explicação sobre o projeto convidando quem assiste para fazer parte dessa identidade de expressão. O vídeo ficará disponível no YouTube, nas redes sociais e no site do projeto.

A última etapa do projeto será o lançamento do videoclipe comemorativo ao som da canção tema, composta pelo cantor paraense MARC, 
envolvendo os mesmos participantes da exposição de banners e do vídeo promocional. Todo o projeto ficará disponível no portal ID FRONTEIRA.

“SOMOS O QUE SOMOS E NÓS NUNCA VAMOS PARAR” será trabalhada durantes os meses de outubro à dezembro desse ano.


O USO DAS REDES SOCIAIS

A problemática que aponta este projeto, está na capacidade de compreensão dos conteúdos por parte dos internautas, frente à profunda heterogeneidade cultural. A consequência da falta de aceitação pode disseminar em  “post” ou tweet mal intencionados, os quais uma vez divulgados, podem ser compartilhados por milhares de usuários em todo o mundo. É claro que o conteúdo inapropriado pode ser apagado, mas depois que a informação já foi  disseminada, se torna incontrolável. A mídia em si, além de ter relevância social e um poder de influência sem precedentes, é capaz de determinar uma nova forma de exclusão social que pode afetar diferentes segmentos como negros, indígenas e até mulheres, através da veiculação de imagens estereotipadas, folclorizadas, e deturpadas em seus conteúdos ou inviabilização.

             O meio virtual permite que as pessoas divulguem livremente um hall de informações. O uso indiscriminado e indisciplinado do conteúdo alheio, nesse caso do site: ID Fronteira, pode levar a uma série de consequências constrangedores e desastrosas para o foco do assunto divulgado: exclusão social, opiniões e atitudes discriminatórias, como o bullying, crimes virtuais, críticas inconvenientes, julgamentos inapropriados, entre outros.
            Um espaço em que os limites físicos, territoriais, culturais perdem espaço para falta de controle  das atividades humanas, a suposta transparência que o sistema oferece ao usuário não permite que este analise a proporção de suas ações. A rapidez e praticidade da internet permitem que as informações sejam distribuídas em todo o mundo e disponibilizadas em tempo real. Esta sociedade poderá ser responsável por grandes diferenças sociais tendo em vista seu grau de exigência.

As ferramentas de web utilizadas na divulgação da campanha foram: SITE, FACEBOOK, TWITTER E YOUTUBE, escolhidas pelo fácil acesso da comunidade estudantil e pela rápida disseminação do conteúdo por meio de compartilhamento e feedback.

  • Site: mantenedor do projeto.
  • Facebook: compartilhamento de ideias relacionadas à campanha, divulgação de imagens e vídeos.
  • Twitter: pequenas chamadas para o projeto com link direcionado ao site.
  • YouTube: upload de todos os vídeos promocionais envolvendo o projeto.


PRÍCIPIOS DO PROJETO

A rede é uma fonte indispensável de acesso ao conhecimento, democratização da informação, alternativa para as relações interpessoais e atualização dos fatos, porém pode ser campo para manifestações de posicionamentos contra o racismo e discriminação, a favor dos negros, indígenas e judeus, entre outros.
A campanha “SOMOS O QUE SOMOS E NÓS NUNCA VAMOS PARAR” tem como princípio a luta pela garantia dos direitos fundamentais de cada cidadão, fazendo com que as vantagens das novas tecnologias sejam também aproveitadas na criação de redes educacionais e de sensibilização contra o preconceito, racismo, e xenofobia, para que convivamos num universo onde todos somos iguais.

IDENTIDADE E CONCEITOS
Segundo o autor, Stuart Hall uma identidade cultural enfatiza aspectos relacionados ao pertencer a uma cultura étnica, racial, linguística, religiosa, regional e/ou nacional. Ao analisar a questão, este autor focaliza particularmente as identidades culturais referenciadas às culturas nacionais. Para ele, a nação é além de uma entidade política – o Estado –, ela é um sistema de representação cultural. Seguindo princípios de identidade, o projeto “SOMOS O QUE SOMOS” exalta nas produções audiovisuais os estereótipos tachados da sociedade: o gay, o negro, o branco, utilizando-se dessa forma, para aproximar os telespectadores, visitantes e leitores do site para conhecerem o projeto e automaticamente se identificarem.

Em “A Identidade Cultural Pós-Modernidade”, Stewart Hall diz que uma vez que a identidade muda de acordo com a forma como o sujeito é interpelado ou representado, a identificação não é automática, mas pode ser ganha ou perdida. Ela tornou-se politizada. Esse processo é, às vezes, descrito como constituindo uma mudança de uma política de identidade (de classe) para uma política de diferença. Nessa base, “SOMOS O QUE SOMOS E NÓS NUNCA VAMOS PARAR”, mais uma vez, propõe, resumidamente, que o adepto ao projeto celebre e viva sua verdadeira representação perante a sociedade, incentivando assim, outros a fazerem o mesmo.








Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...