sábado, 29 de junho de 2013

O preconceito na Síndrome de Down


Desde os primeiros passos da descoberta da Síndrome de Down, as pessoas portadoras foram tratadas com preconceito pela sociedade. A dona de casa Maria Félix Andrade, de Foz do Iguaçu,  tem 2 filhos, um deles, o Gabriel, portador da alteração genética. Ela já foi alvo de comentários e situações discriminatórias. 

A luta contra o preconceito da sociedade ainda continua. Discussões a respeito da inclusão social são frequentes. Décadas atrás, os indivíduos com Síndrome de Down eram internados em manicômios, isolados e questionados sobre a sua capacidade.

Maria Félix engravidou depois dos 40 anos, idade de risco para gestar um bebê com a síndrome, e teve uma gravidez complicada. Quando o Gabriel nasceu, ela suspeitou que havia algo diferente com seu filho e logo o médico confirmou.

No começo ela ficou chocada, preocupada com o desenvolvimento do filho, por ter a experiência de trabalhar em escolas onde haviam crianças com síndrome de Down. Ela  estava ciente de como as crianças eram discriminadas, e não queria isso para seu filho. Com acompanhamento de profissionais especializados como fisioterapeutas e fonoaudiólogos, o menino conseguiu se desenvolver como criança e estuda desde os 3 anos.

A mãe conta que em algumas escolas, o filho sofreu alguns episódios de discriminação. Um exemplo aconteceu em um escola particular onde a diretora da instituição garantiu que estavam preparados para lidar com a situação, mas logo depois Maria Félix descobriu que as professoras e algumas mães separavam os alunos e filhos do Gabriel, deixando-o sozinho para brincar . “As crianças não têm preconceitos, são os adultos que têm preconceitos. Quando o adulto não interfere, eles se soltam,são amigos, eles não vem diferença entre eles”.

A a mãe do garoto conta que sofreu bastante quando o garoto estava na fase da puberdade em razão do relacionamento dele com outras pessoas. Essa situação era muito constrangedora para a família.  Ao conversar com psicólogo da escola, ele explicou que ela tinha que ser mais tolerante, dialogar com o adolescente e explicar que aquilo está errado e que não se deve fazer isso perto dos outros.

Atualmente, Gabriel tem 18 anos. É inteligente, saudável e um exemplo de superação de vida e de discriminação. A internet e as redes sociais fazem o papel fundamental para combater o preconceito e ajudar as mães a entender a deficiência e poder lidar com algumas situações . “Eu tenho o maior orgulho de meu filho” ,  acrescenta emocionada Maria Félix.

Causas

Ainda não se conhece os mecanismos de disfunção que causam a patologia. Está comprovado cientificamente que não existe relação com raça, nível cultural, social, ambiental, entre outros. Mas há uma maior probabilidade da síndrome ter algum tipo de ligação com a idade materna. A partir dos 35 anos aumenta progressivamente o risco de se gestar um bebê com Síndrome de Down.

Nicole Gill - 5° Jornalismo



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