Amanda Rosa - 4o. jornalismo
Aumento do dólar, da gasolina e na conta de
luz. Esses são alguns dos assuntos mais comentados no
ano de 2015. E não é mais surpresa para ninguém que a economia do Brasil
está passando por um momento difícil.
Qualquer pessoa com um
mínimo de conhecimento de economia e finanças, vê tranquilamente os
sinais de crise por todos os lados. Não precisa nem ler revistas e
relatórios de consultorias especializadas, basta fazer suas compras
mensais em qualquer supermercado, concorda?
Um dos principais
impactos da crise econômica sobre a vida das pessoas e negócios das
empresas é a inflação em um ritmo acelerado, principalmente no primeiro
semestre. E a consequência é a desvalorização da moeda brasileira.
Esse
impacto vem preocupando os empresários, microempresários e até mesmo
os assalariados, que estão tendo que apertar os gastos pois não sabem
qual é a previsão para o próximo ano. Essa preocupação com a
atual situação econômica do país vem fazendo com que os empresários
adiem investimentos e novos empreendedores aguardem momentos menos
incertos para iniciar seus projetos.
Para Marli Soba, que é
proprietária de uma clínica de estética em Foz do Iguaçu, o ano
de 2015 está sendo muito difícil, pois os custos estão sendo muito
altos. “A quantidade de clientes já não está muito grande, e os custos
aumentaram muito esse ano, está sendo difícil para manter os
funcionários”, diz a empresária que tem seis funcionárias contratadas na
sua empresa.
Segundo dados divulgados no mês de maio pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de
desemprego subiu e chegou a 7,9% no primeiro trimestre deste ano. O
percentual equivale a 7, 934 milhões de pessoas.
A pesquisa
mostrou também, que o desemprego para quem tem ensino médio incompleto é
maior que todos os grupos, chegando a 14%. No caso de quem tem ensino
superior incompleto, o índice foi de 9.1% e para aqueles com nível superior completo, atingiu 4.6%.
Gelson Moretto mora em Foz e trabalha como motorista de uma
lavanderia há dez anos. Ele vive com a mulher e mais dois filhos, um de
oito e outro de cinco anos. Ele e a mulher trabalham fora e dizem que está
difícil para conseguir sustentar toda a família. “Estamos tentando
economizar em tudo lá em casa, na luz, gás, alimento. Não sabemos como
ficará a situação econômica do Brasil ano que vem, e estamos com medo,
pois na empresa que minha mulher trabalha está tendo um grande número de
demissão".
A atual situação econômica do Brasil é tecnicamente de
estagnação. A crise econômica de 2015 não é mais apenas uma hipótese e
consta como fato em toda pauta de reunião de empresários do país e
também fora dele. Acreditar em mais uma história sobre “marolas” é negar
a realidade econômica do país e abrir a porta para o fracasso.
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