terça-feira, 9 de junho de 2015

Menos celular, por favor


Quantas vezes sentamos à mesa com o celular ao lado, como se o aparelho fizesse parte da família e damos mais atenção a “ele” do que as pessoas que estão em volta? Quantas vezes deixamos de conversar ou de conhecer alguém que está ao nosso lado, a menos de 30 centímetros de distância, para dar atenção a algo que supostamente consideramos mais interessante no celular, do que a vida ao nosso redor? Esse tipo de atitude se torna cada vez mais comum. Tanto que hoje em dia é raro ver crianças brincando nas calçadas ou sentadas no pátio de casa lendo um livro. 

Mas ontem me surpreendi; digo isso por que me surpreendi mesmo. Era noite, quando cheguei na Trilha do Açaí, na rua Almirante Barroso. Na fila a minha frente havia dois garotinhos com cerca de 10 e 12 anos de idade com seus skates na mão, boné na cabeça, e com o rosto suando de tanto que rodaram pela cidade. Estavam fazendo o pedido e conversando com a moça do balcão, ao mesmo tempo que os três davam risadas, eu estava atrás deles ouvindo, vendo e me divertindo com eles também.

Achei a cena divertida ao mesmo tempo um pouco diferente por não ver os meninos com celular na mão ou no bolso da calça. Foram até a mesa para esperar o pedido chegar, enquanto eu fiz o meu e fiquei em pé ao lado do balcão aguardando. Os meninos estavam tão entretidos na conversa deles, davam tantas risadas e se divertiam tanto, que mal perceberam a atenção que estavam causando nos clientes da local.

Todos que estavam com os olhos vidrados no seus respectivos celulares, acabavam por escutar os meninos conversando e davam risadas também, inclusive eu, que estava parada vendo como se divertiam. Peguei meu açaí e sai do estabelecimento com um sorriso no rosto por ver que ainda tem crianças que valorizam os pequenos momentos juntos a seus amigos, praticando esportes, e batendo-papo.

Por Ahlam Amira

* Texto para disciplina de redação.

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