Quando criança, eu era bem gordinha, comia de tudo e sempre fui saudável. Conforme fui crescendo, as gordurinhas foram sumindo e eu estava cada vez mais magra. Até subir na balança e descobrir que eu pesava apenas 45 quilos. Passei minha adolescência tentando ganhar peso, qualquer tanto que me deixasse mais contente, tudo em vão.
E agora você deve-me perguntar: Qual o motivo de tanta insatisfação em ser magra? Acredito que a maioria não sabe como é ir de loja em loja tentando encontrar algo do seu gosto e que te sirva. As únicas peças que me servem na maioria das vezes é a seção infantil, mas nem sempre é o que eu gosto. Minha mãe que sempre me acompanhava, até brigava comigo por dizer que eu nunca gostava de nada.
Quando eu entrava em uma loja, eu pegava muitas peças e às vezes, eu usava umas duas cestas de roupa para levar ao provador. E sabe qual era o resultado? Saia da loja sem nada.
E como eu já sonhei em ser modelo, isso chegou durante um tempo, a me deixar animada com meu corpo. Até que saiu uma notícia nas redes sociais que as modelos não poderiam mais ser tão magras, e que deveriam ter um corpo mais “desenhado”, um banho de água fria, né? Quando comecei na faculdade, as pessoas riam de mim e sempre me perguntavam o porquê dessa minha magresa. E por muitas vezes, desanimei.
Um dia quando estava me arrumando para sair, coloquei todas as roupas do meu guarda roupa e nada me deixava contente. Então, arranjei um tempo para me dedicar à academia. E Meus dias ficaram ainda mais corridos, afinal, trabalhar e estudar não é tão fácil.
E será que isso era tão necessário naquele momento? Será que os comentários que eu ouvia tinham o peso suficiente para me abalar? E será que pensar nisso em meio á tantas outras prioridades iriam me deixar mais feliz? Não.
Esses pensamentos desanimavam ainda mais. E foi assim, que eu fui aceitando meu corpo como Deus me fez. Fui ocupando minha cabeça com meus estudos, com meu trabalho e percebi que isso tudo não passava de uma bobagem da minha cabeça. Do que adianta a beleza externa, se não houver nada que realmente valha dentro de nos?
E sobre os comentários que eu ouvia e ainda ouço todos os dias, eu sempre digo a mesma coisa. O corpo é meu, e sou feliz assim!
Amanda Farias Willnnbrinck, 5º período de jornalismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário