Por:
Patrícia de Castro.
O
avanço da internet dá um novo ar ao velho
jornalismo. Desde o momento que a internet deu o ar da graça, em
1969 através dos militares norte-americanos, tudo ao seu redor se
transformou, e ainda está em transformação. No jornalismo, a
internet trouxe, por exemplo, ao jornal impresso alguns “problemas”,
pois alguns teóricos da comunicação o crucificam dizendo que ele
está com os dias contados, pois acreditam que as pessoas preferem o
recurso móvel do que o antigo papel. É, mas se ele vai acabar, ou
não, isso é outra matéria. Voltando ao novo recurso no
jornalismo, como foi a reação das empresas jornalísticas na época?
Empresários
da comunicação, presenciando a crescente procura pelas “tecnologias
nômades”, como pontua Lemos (2004), que para o autor seria os
laptops, tabletes e celulares; modificações foram necessárias. Com
a polarização dos aparelhos móveis, programas e aplicativos
empresas jornalísticas sentiram a necessidade de fazer algumas
mudanças, uma delas foi a nova maneira de colocar a informação em
contato com leitor e a interação do usuário com a publicação.
No
começo das primeiras transformações muitos jornais pelo mundo
começaram apenas a copiar e colar o conteúdo do impresso no site –
elaborado de forma rápida para tentar achar uma solução a nova
onda tecnológica que vinha – porém, com o tempo os empresários
da comunicação perceberam que ao copiar o conteúdo do impresso não
era a melhor forma de se trabalhar com essa nova fase da informação.
Os
jornalistas perceberam isso em 2000, quando os empresários da
informação juntamente com as operadoras de telefonia se uniram,
começava aí a comercialização do conteúdo e do serviço móvel.
Uma ampliação nas vendas de ambas as empresas, a jornalística e a
telefônica, foi notável.
O
veículo pioneiro no Brasil foi o grupo Folha de São Paulo, no ano
de 2000, lançando o FolhaWap, local onde disponibilizavam o conteúdo
da Folha para os aparelhos móveis. Já os outros veículos,
vendo o pioneirismo da Folha de São Paulo, trataram de promover os
seus próprios.
Dos
equipamentos móveis disponíveis as empresas viram que o mais
utilizado era o celular, cerca de 108 milhões de unidades no Brasil,
como aponta pesquisa realizada pelo site de Tecnologia em Telecomunicações (Teleco). Por ser mais barato que um
laptop ou um tablete, o celular se tornou o queridinho, sem contar a
facilidade de fotografar, filmar e gravar áudios. E não foram
apenas as pessoas que passaram a utilizar o celular, mas atualmente, empresas estão
disponibilizando para seus colaboradores aparelhos.
Entretanto não é com a entrada de novas tecnologias que o padrão do
jornalismo mudou, mas sim, ganhou algumas
readaptações. Contudo, aquelas características básicas e importantes, como lead,
pirâmide invertida, apuração, credibilidade entre outras são
seguidas. Conclui-se assim, que a importância desta nova ferramenta
é essencial por possibilitar uma comunicação ponto a ponto, ou
seja, uma comunicação exclusiva e direta, podendo ser trabalhada com as outras já existentes.

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