sexta-feira, 15 de maio de 2015

A notícia produzida para o seu celular


Por: Patrícia de Castro.
 
Grupo Folha de São Paulo pioneiro no jornalismo móvel. Foto: Patrícia de Castro.

O avanço da internet dá um novo ar ao velho jornalismo. Desde o momento que a internet deu o ar da graça, em 1969 através dos militares norte-americanos, tudo ao seu redor se transformou, e ainda está em transformação. No jornalismo, a internet trouxe, por exemplo, ao jornal impresso alguns “problemas”, pois alguns teóricos da comunicação o crucificam dizendo que ele está com os dias contados, pois acreditam que as pessoas preferem o recurso móvel do que o antigo papel. É, mas se ele vai acabar, ou não, isso é outra matéria. Voltando ao novo recurso no jornalismo, como foi a reação das empresas jornalísticas na época?
Empresários da comunicação, presenciando a crescente procura pelas “tecnologias nômades”, como pontua Lemos (2004), que para o autor seria os laptops, tabletes e celulares; modificações foram necessárias. Com a polarização dos aparelhos móveis, programas e aplicativos empresas jornalísticas sentiram a necessidade de fazer algumas mudanças, uma delas foi a nova maneira de colocar a informação em contato com leitor e a interação do usuário com a publicação.
No começo das primeiras transformações muitos jornais pelo mundo começaram apenas a copiar e colar o conteúdo do impresso no site – elaborado de forma rápida para tentar achar uma solução a nova onda tecnológica que vinha – porém, com o tempo os empresários da comunicação perceberam que ao copiar o conteúdo do impresso não era a melhor forma de se trabalhar com essa nova fase da informação.
Os jornalistas perceberam isso em 2000, quando os empresários da informação juntamente com as operadoras de telefonia se uniram, começava aí a comercialização do conteúdo e do serviço móvel. Uma ampliação nas vendas de ambas as empresas, a jornalística e a telefônica, foi notável.
O veículo pioneiro no Brasil foi o grupo Folha de São Paulo, no ano de 2000, lançando o FolhaWap, local onde disponibilizavam o conteúdo da Folha para os aparelhos móveis. Já os outros veículos, vendo o pioneirismo da Folha de São Paulo, trataram de promover os seus próprios.
Dos equipamentos móveis disponíveis as empresas viram que o mais utilizado era o celular, cerca de 108 milhões de unidades no Brasil, como aponta pesquisa realizada pelo site de Tecnologia em Telecomunicações (Teleco). Por ser mais barato que um laptop ou um tablete, o celular se tornou o queridinho, sem contar a facilidade de fotografar, filmar e gravar áudios. E não foram apenas as pessoas que passaram a utilizar  o celular, mas atualmente, empresas estão disponibilizando para seus colaboradores aparelhos.
Entretanto não é com a entrada de novas tecnologias que o padrão do jornalismo  mudou, mas sim, ganhou algumas readaptações. Contudo, aquelas características básicas e importantes, como lead, pirâmide invertida, apuração, credibilidade entre outras são seguidas. Conclui-se assim, que a importância desta nova ferramenta é essencial por possibilitar uma comunicação ponto a ponto, ou seja, uma comunicação exclusiva e direta, podendo ser trabalhada com as outras já existentes.

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