Em meio a um cenário de crescentes atividades online, as redes sociais, tais como Facebook e Twitter, deram visibilidade a quem antes não tinha. Um dos casos é o da Mídia Ninja, que ficou nacionalmente conhecida durante os protestos contra o aumento da tarifa do transporte público na cidade de São Paulo, em 2013.
Essa mídia se trata da cobertura em tempo real de eventos e manifestos via redes sociais e dispositivos móveis. Não só dedicada à jornalistas, mas a qualquer um com um celular na mão. As redes sociais abriram as portas para essas pessoas, com desejo de serem ouvidas, de compartilhar o que está acontecendo ao redor. A voz não é mais de único indivíduo; é de todos, de um coletivo de pessoas com crenças, valores e opiniões próprias.
Portanto, a visão que chega ao público não é totalmente imparcial, nem é justa com ambas as partes da história. Não há apurações de fatos, apenas o registro cru do ocorrido. Qualquer um pode tirar uma foto e escrever um texto pretensioso sobre o conteúdo dela, divulgando uma meia verdade. Logo, um grupo de pessoas, uma cidade, um estado, um país se depara com uma notícia de origem duvidosa. Essa característica da Mídia Ninja abre o debate: É ético? É confiável? É seguro?
Se notícias supostamente apuradas, divulgadas em veículos de comunicação renomados, por vezes não passam de maus entendidos, o que pensar de uma forma de informar feita no calor do momento, sem confirmação? Os cidadãos não devem ser privados de compartilhar seus pontos de vista, reclamações, denúncias com a imprensa. Entretanto, nada supera o trabalho de um profissional que entende do assunto.
Muitos desconfiam de jornalistas e veículos de comunicação. Não confiam nas matérias, esperam por confirmação de outras mídias. Se nem os profissionais são dignos de confiança, por que os utilizadores da Mídia Ninja, que muitas vezes estão no meio da confusão, tomados por emoções, deveriam ser?
Natália Souza - 6º P. Jornalismo
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