Marina Massao
Stéfani Scarpato
Sobre a Mídia Ninja, há quem diga que é jornalismo de verdade, que tem o real conceito de imparcialidade que o jornalismo prega, mas não. Não é jornalismo. Entendemos que é apenas uma demonstração de opinião. Com a facilidade de comunicação, os smartphones, tablets e a importância da internet na vida das pessoas, o conceito de jornalismo muitas vezes é distorcido. Chamar a mídia ninja de jornalismo é uma grave ofensa.
É uma mídia diferenciada, mas que não se encaixa nas áreas convencionais do jornalismo. Como existe o telejornalismo, rádio e webjornalismo, a mídia ninja pode ser classificada como uma área diferente, onde o improviso é maior que o rádio e a rapidez é maior que o webjornalismo.
Grandes eventos e visitas importantes, entrevistas exclusivas jamais teriam aquela estética do jornalismo profissional na Mídia Ninja. Tem coisas que no improviso fica feio e mal feito.
Foge totalmente da ética exigida - ou pelo menos esperada - de um jornalista. A mídia ninja acusa o jornalismo tradicional de ser parcial. Mas no momento em que se escolhe divulgar apenas o lado do sofrimento dos manifestantes - e não se mostra quando algum manifestante se comporta como um marginal, já está sendo feita uma escolha. Já deixa de ser imparcial.
Em uma análise mais profunda, mesmo que qualquer jornalista, ou aquele que trabalha com mídia ninja trabalhe na "causa da imparcialidade", ela não existe.
Desde a escolha de como iniciar um texto ou entrevista, o jornalista tem um foco. Às vezes a pauta oferecida é uma coisa e ele leva a um lado totalmente diferente, com o objetivo de chamar atenção de uma forma que ele ache melhor.
As escolhas de entrevistados, fotografias e vídeos e ângulos específicos não trazem uma imparcialidade completa. E ora, se somos tão imparciais, não teria graça nenhuma. O talento do jornalista está na opinião própria e também trabalhar a serviço do povo, tentando à sua maneira, informar do que é certo e errado (na opinião dele).
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