Lendo o livro Para entender as Mídias Sociais, organizado por Ana Brambilla, nota-se que As mídias sociais deram um salto
no Brasil após o Orkut em 2004. Porém temos que voltar em 1995 para entender
onde tudo começou. O MIRC pode ser considerado o pioneiro, tendo atingido a
marca de 150 milhões de downloads no seu auge. Um dos fatores para explicar o fenômeno pode ser a
internet discada de 56kbp/s que não aguentava softwares mais pesados. Com
linguagem de script, software super leve e a possibilidade de fazer #canais –
bate papo – infinitamente, o MIRC se tornou a principal ferramenta de bate papo
nos anos 90 para os usuários do Brasil. ]
Depois, chegou a febre dos Blogs
que se consolidou até os dias atuais. E
nos levou ao Orkut, que no início era apenas para convidados. Em 2006, depois de abrir o cadastro, o site ficou entre os mais acessados do país.
Juntamente com a abertura dos
cadastros do Orkut, o Twitter surge em 2006. Com uma interface amigável e uma
proposta diferente. Logo caiu nas graças do público. Com isso em junho de 2011
o microblog terminou sua tradução
para o português com a ajuda dos usuários. Eram colocadas frases em um painel
aonde havia cada uma das frases a serem traduzidas, e outros usuários votavam
na melhor tradução.
Do Twitter para o Facebook
O Facebook já era uma ferramenta
“antiga” quando estourou no Brasil, em 2004. Mas apenas em 2010 é
que os usuários brasileiros começaram a migração do Orkut para o Face. A plataforma possui
uma interação muito maior que o antecessor. A produção de aplicativo e suporte
para empresas foram um dos vários fatores que fizeram o Orkut “sumir” no mapa
da rede social. Claro que não se pode deixar de lado a questão de que o Google não
dava muito bola para o Orkut, mesmo com o alto número de usuários. Quando
tentaram uma reação, foi tarde de mais.
Mídias sociais como ferramenta para as empresas
No Orkut não existia uma
diferença entre perfil de empresa e perfil de pessoas físicas. As comunidades
que poderiam ser criadas, não eram muito interessantes para as empresas. A
interação era muito pouca e com isso criava se uma confusão.
E foi no Twitter que as agências
de publicidades e empresários viram um potencial para fazer uma mídia de
baixo custo e com grande alcance e interação do público. E isso se firmou com o
Facebook, que possui até mesmo sites internos próprios para o auxílio na
criação de perfil empresarial.
Com isso surgiu novas funções no mercado, como o analista de mídias sociais – social media - que procura trabalhar os
conceitos da marca e como ela pode se posicionar de forma inteligente no mundo
virtual.
Nesta onda as empresas trocaram
de lugar com os clientes. A idealização dos produtos, que antes partia das
empresas para os cliente, agora tem o caminho reverso. O cliente pede,
idealiza e sugere novos produtos. Ultimamente tem pesado para as empresas os
pedidos de retorno de alguns produtos já fora de linha. É o caso do Halls de
uva da Adams e do chocolate Lollo Milk Bar, da Nestlé. Após longo tempo longe
das prateleiras, campanhas avassaladoras nas mídias sociais acabaram por forçar
os fabricantes a trazer novamente este itens para o mercado.
A Pepsico também aderiu a onda e
trabalha com projetos publicitários de grande sucesso. 'Faça-me um
sabor' buscou sugestões de sabores para as novas batatas Ruffles. A Pepsico quis
assim não só ouvir, mas estar perto do público. Foi a primeira vez que a marca
ofereceu não só prêmios, mas também a participação no lucro, um reconhecimento
pela ajuda dos consumidores.
A internet, junto com as redes
sociais, traz uma nova realidade para as relações entre empresas e clientes. Uma
aproximação sem precedentes onde nenhuma voz pode deixar de ser ouvida. Na era
da comunicação instantânea e compartilhamento múltiplo, qualquer “hashtag” ou
“curtir” pode ser o sucesso ou a desgraça de uma empresa.
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