Redes Sociais – não conectam
apenas computadores, conectam pessoas. Uma rede social é definida como um
conjunto de dois elementos: atores (pessoas, instituições ou grupos; os nós da
rede) e suas conexões (interações ou laços sociais).
Atores - representados pelos nós
(ou nodos). Trata-se das pessoas envolvidas na rede que se analisa. Os atores
atuam de forma a moldar as estruturas sociais, através da interação e da
constituição de laços sociais. É preciso
ser “visto” para existir no ciberespaço. As pessoas são julgadas e percebidas
por suas palavras. É preciso, assim, colocar rostos, informações que gerem
individualidade e empatia, na informação geralmente anônima do ciberespaço.
Este requisito é fundamental para que a comunicação possa ser estruturada.
Conexões - o principal foco do estudo das redes sociais,
pois é sua variação que altera as estruturas desses grupos. As conexões em uma
rede social são constituídas dos laços sociais, que, por sua vez, são formados através
da interação social entre os atores.
Interação, relação e laços
sociais - a ação de um depende da reação do outro, e há orientação com relação
às expectativas. A interação social, no
âmbito do ciberespaço, pode dar-se deforma síncrona ou assíncrona. Uma comunicação
síncrona é aquela que simula uma interação em tempo real. Deste modo, os
agentes envolvidos têm uma expectativa de resposta imediata ou quase imediata,
estão ambos presentes. Já nas assíncronas a expectativa de resposta não é
imediata. Espera-se que o agente leve algum tempo para responder ao que foi
escrito. Ex: o e-mail, ou um fórum.
A interação mútua e a interação
reativa - a interação reativa é sempre limitada para os atores envolvidos no
processo. Interação reativa dá-se apenas entre o agente e o sistema que media a
relação comunicativa. Já a mútua é possível realizar um diálogo não apenas
entre os comentaristas, mas também com o autor do blog.
É mais fácil iniciar e terminar
relações, pois muitas vezes, elas não envolvem o “eu” físico do ator. Além do
mais, barreiras como sexualidade, cor, limitações físicas e outras não são
imediatamente dadas a conhecer, proporcionando uma maior liberdade aos atores
envolvidos na relação, que podem reconstruir-se no ciberespaço. A falta de
pistas tradicionais nas interações, como a linguagem não verbal, por exemplo,
também podem influenciar nessas relações.
Laços fracos e laços fortes -
Laços fortes são aqueles que se caracterizam pela intimidade, pela proximidade
e pela intencionalidade em criar e manter uma conexão entre duas pessoas. Os
laços fracos, por outro lado, caracterizam-se por relações esparsas, que não
traduzem proximidade e intimidade.
Topologias de redes sociais na
internet - A rede centralizada é aquela onde um nó centraliza a maior parte das
conexões. Já a rede descentralizada é aquela que possui vários centros, ou
seja, a rede não é mantida conectada por um único nó, mas por um grupo pequeno
de nós, conecta vários outros grupos. A rede distribuída é aquela onde todos os
nós possuem mais ou menos a mesma quantidade de conexões, não há valoração
hierárquica desses nós.
Dinâmica das redes sociais - são
conseqüência direta dos processos de interação entre os atores. Redes são
sistemas dinâmicos e, como tais, sujeitos a processos de ordem, caos, agregação,
desagregação e ruptura. Todo processo dinâmico nas redes sociais será
considerado como emergente e capaz de impactar a estrutura.
Cooperação, competição e conflito
- A cooperação é o processo formador das estruturas sociais. Sem cooperação, no
sentido de um agir organizado, não há sociedade. A cooperação pode ser gerada
pelos interesses individuais, pelo capital social envolvido e pelas finalidades
do grupo. A competição compreende a luta, mas não a hostilidade, característica
do conflito. A competição pode, por exemplo, gerar cooperação entre os atores
de uma determinada rede, no sentido de tentar suplantar os atores de outra. O
conflito, de outro lado, pode gerar hostilidade, desgaste e ruptura da
estrutura social. Muitas vezes, é associado à violência e à agressão. Para que
exista a competição, não é necessário um antagonismo concreto, enquanto no
conflito, sim.
Heloisa e Luana G.
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