quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Redes Sociais na Internet - Raquel Recuero


Redes Sociais – não conectam apenas computadores, conectam pessoas. Uma rede social é definida como um conjunto de dois elementos: atores (pessoas, instituições ou grupos; os nós da rede) e suas conexões (interações ou laços sociais).


Atores - representados pelos nós (ou nodos). Trata-se das pessoas envolvidas na rede que se analisa. Os atores atuam de forma a moldar as estruturas sociais, através da interação e da constituição de laços sociais.  É preciso ser “visto” para existir no ciberespaço. As pessoas são julgadas e percebidas por suas palavras. É preciso, assim, colocar rostos, informações que gerem individualidade e empatia, na informação geralmente anônima do ciberespaço. Este requisito é fundamental para que a comunicação possa ser estruturada.

Conexões -  o principal foco do estudo das redes sociais, pois é sua variação que altera as estruturas desses grupos. As conexões em uma rede social são constituídas dos laços sociais, que, por sua vez, são formados através da interação social entre os atores.

Interação, relação e laços sociais - a ação de um depende da reação do outro, e há orientação com relação às expectativas.  A interação social, no âmbito do ciberespaço, pode dar-se deforma síncrona ou assíncrona. Uma comunicação síncrona é aquela que simula uma interação em tempo real. Deste modo, os agentes envolvidos têm uma expectativa de resposta imediata ou quase imediata, estão ambos presentes. Já nas assíncronas a expectativa de resposta não é imediata. Espera-se que o agente leve algum tempo para responder ao que foi escrito. Ex: o e-mail, ou um fórum.

A interação mútua e a interação reativa - a interação reativa é sempre limitada para os atores envolvidos no processo. Interação reativa dá-se apenas entre o agente e o sistema que media a relação comunicativa. Já a mútua é possível realizar um diálogo não apenas entre os comentaristas, mas também com o autor do blog.
É mais fácil iniciar e terminar relações, pois muitas vezes, elas não envolvem o “eu” físico do ator. Além do mais, barreiras como sexualidade, cor, limitações físicas e outras não são imediatamente dadas a conhecer, proporcionando uma maior liberdade aos atores envolvidos na relação, que podem reconstruir-se no ciberespaço. A falta de pistas tradicionais nas interações, como a linguagem não verbal, por exemplo, também podem influenciar nessas relações.

Laços fracos e laços fortes - Laços fortes são aqueles que se caracterizam pela intimidade, pela proximidade e pela intencionalidade em criar e manter uma conexão entre duas pessoas. Os laços fracos, por outro lado, caracterizam-se por relações esparsas, que não traduzem proximidade e intimidade.

Topologias de redes sociais na internet - A rede centralizada é aquela onde um nó centraliza a maior parte das conexões. Já a rede descentralizada é aquela que possui vários centros, ou seja, a rede não é mantida conectada por um único nó, mas por um grupo pequeno de nós, conecta vários outros grupos. A rede distribuída é aquela onde todos os nós possuem mais ou menos a mesma quantidade de conexões, não há valoração hierárquica desses nós.

Dinâmica das redes sociais - são conseqüência direta dos processos de interação entre os atores. Redes são sistemas dinâmicos e, como tais, sujeitos a processos de ordem, caos, agregação, desagregação e ruptura. Todo processo dinâmico nas redes sociais será considerado como emergente e capaz de impactar a estrutura.

Cooperação, competição e conflito - A cooperação é o processo formador das estruturas sociais. Sem cooperação, no sentido de um agir organizado, não há sociedade. A cooperação pode ser gerada pelos interesses individuais, pelo capital social envolvido e pelas finalidades do grupo. A competição compreende a luta, mas não a hostilidade, característica do conflito. A competição pode, por exemplo, gerar cooperação entre os atores de uma determinada rede, no sentido de tentar suplantar os atores de outra. O conflito, de outro lado, pode gerar hostilidade, desgaste e ruptura da estrutura social. Muitas vezes, é associado à violência e à agressão. Para que exista a competição, não é necessário um antagonismo concreto, enquanto no conflito, sim.



Heloisa e Luana G.



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