Por: Pamella Manfrin
No mês de maio, alguns cientistas britânicos testaram a técnica da
coleta de impressões digitais para evidenciar o uso de drogas de pessoas. A
análise rápida detecta a presença de duas substâncias químicas produzidas no
momento em que a cocaína é quebrada no corpo: a benzoilecgonina e a
metilecgonina. O método garante identificar substâncias produzidas a partir da quebra da cocaína. Além disso, o exame pode ser útil em prisões, clínicas para tratamento de viciados e verificações de rotina no trabalho.
O estudo, de pesquisadores da Universidade de
Surrey, foi detalhado na publicação científica Analyst, da Real Sociedade de
Química britânica. Segundo eles, o teste pode ser útil em prisões, clínicas
para o tratamento de viciados e até verificações de rotina no ambiente de
trabalho. O método é muito mais difícil de trapacear que os atuais exames de
saliva, urina e sangue, já que a identidade da pessoa testada está embutida na
amostra. A grande dificuldade, porém, é o tamanho do equipamento necessário
(equivalente ao de uma máquina de lavar) e o seu alto custo de quase R$ 1,9
milhão.
Foto:
Thinkstock/BBC
Segundo os cientistas, nos experimentos foram
examinadas amostras usando um espectrômetro de massa, que detecta substâncias a
partir da medição de sua massa atômica e análise de sua estrutura química.
A coautora da pesquisa, Melanie Bailey, professora
de ciência forense e analítica da Universidade de Surrey, disse à BBC que o
método pode ser uma boa alternativa em indústrias onde o teste de exame de
drogas é rotineiro – por exemplo, atividades que envolvem direção e operação de
maquinário pesado. Apesar do tamanho e do custo do espectrômetro de massa,
disse a acadêmica, existem produtos mais baratos no mercado, que "levantam
a possibilidade animadora de um dia tornar este teste portável". Para
Bailey, o teste pode ser realizado em centros de reabilitação de usuários de
drogas e, se houver uma versão mais portável, até em postos de fronteira e
operações de policiamento de estradas.

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