sexta-feira, 15 de maio de 2015

CIENTISTAS CRIAM TESTE QUE REVELA USO DE DROGAS A PARTIR DE IMPRESSÃO DIGITAL

Por: Pamella Manfrin

No mês de maio, alguns cientistas britânicos testaram a técnica da coleta de impressões digitais para evidenciar o uso de drogas de pessoas. A análise rápida detecta a presença de duas substâncias químicas produzidas no momento em que a cocaína é quebrada no corpo: a benzoilecgonina e a metilecgonina. O método garante identificar substâncias produzidas a partir da quebra da cocaína. Além disso, o exame pode ser útil em prisões, clínicas para tratamento de viciados e verificações de rotina no trabalho.

O estudo, de pesquisadores da Universidade de Surrey, foi detalhado na publicação científica Analyst, da Real Sociedade de Química britânica. Segundo eles, o teste pode ser útil em prisões, clínicas para o tratamento de viciados e até verificações de rotina no ambiente de trabalho. O método é muito mais difícil de trapacear que os atuais exames de saliva, urina e sangue, já que a identidade da pessoa testada está embutida na amostra. A grande dificuldade, porém, é o tamanho do equipamento necessário (equivalente ao de uma máquina de lavar) e o seu alto custo de quase R$ 1,9 milhão.


Foto: Thinkstock/BBC

Segundo os cientistas, nos experimentos foram examinadas amostras usando um espectrômetro de massa, que detecta substâncias a partir da medição de sua massa atômica e análise de sua estrutura química.

A coautora da pesquisa, Melanie Bailey, professora de ciência forense e analítica da Universidade de Surrey, disse à BBC que o método pode ser uma boa alternativa em indústrias onde o teste de exame de drogas é rotineiro – por exemplo, atividades que envolvem direção e operação de maquinário pesado. Apesar do tamanho e do custo do espectrômetro de massa, disse a acadêmica, existem produtos mais baratos no mercado, que "levantam a possibilidade animadora de um dia tornar este teste portável". Para Bailey, o teste pode ser realizado em centros de reabilitação de usuários de drogas e, se houver uma versão mais portável, até em postos de fronteira e operações de policiamento de estradas.


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