Violência desmesurada está sendo a marca da Polícia Militar: população ferida, pessoas detidas por carregarem vinagre (para ajudar a combater a intoxicação pelas bombas) e jornalistas agredidos e impossibilitados de realizar seu trabalho. Mas não pense que mesmo com seus profissionais sofrendo violência pelo órgão que deveria proteger a população, que parte da mídia está retratando o fato imparcialmente. Quando se refere aos manifestantes, ela fala sobre os “vândalos” e “baderneiros”. Em um jornal espanhol havia a seguinte manchete: Brasil se levanta en protesta contra el aumento de los precios del transporte. Uma abordagem bem diferente da que está sendo usada no nosso país.
Você pode até me falar sobre as lojas quebradas, sobre como eu ficaria chateada se fosse dona de algo que foi apedrejado, queimado e pichado. Mas, imaginando uma situação que poderia acontecer comigo, ficaria muito chateada se estivesse cobrindo uma manifestação e levasse um tiro de borracha no olho (como a jornalista Giuliana Vallone da Folha de São Paulo), recebesse um spray de pimenta no rosto ou fosse presa sem justificativa por estar fazendo meu trabalho.
Em Foz do Iguaçu, o dia 17 de junho de 2013 foi um marco. Esse, foi o dia que reuniu o maior número de manifestantes na rua: mais de 4 mil pessoas foram as ruas protestar contra o aumento das tarifas do transporte público e apoiar as mobilizações realizadas em SP.
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| Foto: Caroline Agripino |
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| Foto: Caroline Agripino |
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| Foto: Caroline Agripino |
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| Foto: Caroline Agripino |
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| Foto: Caroline Agripino |
Tem quem ache ridículo tanto alvoroço por um aumento de 20 centavos. Lembre-se: todo mundo que vai, volta, então já são 40 centavos (considerando que você só vá e volte, ainda há a possibilidade de fazer várias viagens). Por mês, isso já dá quase 15 reais. Por ano, quase 150. E ai, meu amigo, seu salário é reajustado uma vez por ano em 8%. Com descontos, o aumento fica 4%. Vale lembrar que quando é o governo que sobe é “só” e quando somos nós que recebemos é “tudo isso”.
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