Repórter: Stéfani Scarpato
Editor: Juliana Rorato
Dona Julia: depois de uma experiência inexplicável, sua vida mudou
As romarias rumo ao Santuário de Aparecida do Norte – que também passa pelo Rio de Janeiro, Canção Nova, Santo Frei Galvão, Campos do Jordão e outros
pontos turísticos – são compostas por gente de fé, seja para pagar promessas,
agradecer, pedir graças, ou simplesmente por devoção. Quem organiza as viagens é Julia
Morona, 61 anos, residente em Matelândia, que desde 1968 dedicou sua
vida às viagens religiosas. Ela conta que acompanhou desde casos de pessoas em
momentos de aflição, desprovidas de sinais de futura melhora, se recuperarem
dentro desse ambiente regado à fé e oração, até casos de cura de doenças
psicossomáticas como a depressão.
Última viagem realizada pelo grupo à Aparecida do Norte, em junho do ano passado
Cuidando de seus passageiros com zelo, dona Julia, como carinhosamente é
conhecida, desde menina, tem um vínculo forte com a religião: "Quando tinha
15 anos achei uma medalha enquanto trabalhava na roça. Desde que comecei a orar
e acreditar no que a imagem do medalhão representava, as coisas começaram a dar
certo".
Depois de passar a experiência inexplicável de ser atingida por um
raio e sobreviver, sua vida mudou completamente. "A descarga elétrica fez
com que eu perdesse a visão, a audição e os movimentos do corpo. Depois de dias
de desespero, minha mãe pediu a Deus para que a iluminasse com alguma ideia de
solução, e foi o que aconteceu: Fui enterrada em posição vertical na terra, só
com a cabeça para fora durante cerca de 15 minutos, até que meus sentidos
começaram aos poucos a voltar", relata emocionada dona Julia. Isso tudo
graças à capacidade de absorver carga elétrica que a terra tem. Desde então
aproveitou tudo que tinha aprendido como catequista e resolveu ir além e
colocar os pés na estrada, auxiliando peregrinos de toda a parte do país,
durante o ano todo.
Fotos: Arquivo pessoal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário