segunda-feira, 9 de novembro de 2015

CRISE, NÃO NEGUE. SALVE-SE COMO PUDER!


Andressa Ferreira - 4o. Jornalismo


A crise traz dificuldades, mas também oportunidades para se reinventar



Crise,  palavra que “dominou” o país desde o início do ano. Corte e redução fazem parte do vocabulário dela, decorado pelas cidades brasileiras. E fronteira, claro, não ficou de fora.

Limite com o Paraguai e a Argentina, polo de turismo. Nem isso bastou para evitar que Foz do Iguaçu entrasse no “ditado” do cortar e reduzir. Os iguaçuenses precisaram afiar a ponta do lápis para não se perderem no caminho.

Aliás, o lápis foi uma ferramenta indispensável na hora de sentar, calcular e redefinir o orçamento. A maioria das famílias e comerciantes precisou apertar bastante o cinto para segurar as pontas até o fim do ano.

Empresas e entidades  sentiram o peso ao tentar reequilibrar o orçamento e não teve jeito, o negócio foi reduzir, reutilizar e reciclar o possível para manter as portas abertas. Pera aí, esse não são os três "erres" do consumo consciente? Sim, até ele entrou no novo ritmo.

Essa foi a alternativa encontrada pela gerente de recursos humanos e universitária de Ciências Contábeis, Renata Gonzatti,31 anos. Há um ano é meio à frente das finanças do Centro de Educação Infantil Vicentino Nossa Senhora da Conceição, que atende 150 crianças atuando como entidade filantrópica, ela conta que trabalhar com filantropia é gratificante, mas também desafiador, pois além da luta para levantar fundos é preciso muita dedicação e paciência: “É um imenso desafio, pois dependemos da bondade e solidariedade de outras pessoas para manter a instituição e atender com qualidade as crianças e as famílias que dependem de nós.”

Segundo Renata, a entidade possui um convênio com a prefeitura, suficiente somente para cobrir os gastos com a folha de pagamento dos funcionários.“Despesas do dia a dia são pagas com o dinheiro de promoções como jantares, rifas e bingos que realizamos durante o ano, algumas em parcerias com outras instituições. É assim que tentamos manter a melhor qualidade possível no serviço que prestamos.”

E como tudo o que está difícil pode ficar pior, para o centro não foi diferente. A crise chegou sim e para contornar a situação não teve jeito, o negócio foi partir para os três "erres" lá de cima. “Já é difícil manter tudo normalmente, na crise então, piora, Temos que esperar receber hoje para pagar ontem. O dinheiro é “contadinho”, economizamos em tudo o que é possível para tentar amenizar o impacto e para nós o ditado do “poderia ser pior” não cabe, porque já estamos na UTI, só falta desligar os aparelhos”.

O comércio da região também não passou imune a complicada situação. As micro e pequenas empresas também sofreram bastante e precisaram mudar radicalmente as condutas diárias. Algumas chegaram a cortar o quadro do funcionários para não fechar as portas de vez.

Amanda da Rosa, 19 anos, é secretária em uma empresa de turismo que recebe japoneses interessados em conhecer a cidade. Ela conta que para eles a situação também não está fácil, mas como a empresa atua com recepção de turistas que vem de outro país, o dólar alto não afetou tão drasticamente o funcionamento da agência.

“O fluxo de turistas continua o mesmo porque são japonese, então para eles a crise não afeta. Só tivemos que aumentar as nossas tarifas porque os ingressos e o valor do transporte subiram bastante, então também precisamos reajustar”.

E o jeito é se adaptar porque infelizmente a tal da crise não está muito a fim de ir embora tão cedo. Alguns mais, outros menos, mas todos sem exceção são afetados de alguma forma quando o país passa por uma situação como essa. Criar estratégias, se reinventar e seguir sem pensar no fracasso que talvez por ventura possa vir, mas que ele não seja empecilho para novas ideias porque afinal como diria Albert Einstein: “Em momentos de crise, só a imaginação é mais importante que o conhecimento”.

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