Natural de Cruzeiro do Oeste, o paranaense Marcos, hoje
com 40 anos, já passou por muitos desafios na vida. Divorciado, tem um filho
de 20 anos e há quatro meses mora em Foz do Iguaçu. Antes, morou em vários lugares. Entre idas e vindas, a Terra das Cataratas é o lugar para onde Marcos sempre volta.
A história
Um homem como Marcos desperta curiosidade,
não? Convidamos você a conhecer um pouco da história dele, um misto de
perseverança, sonhos e esperança.
Desde muito cedo, ainda criança, começou a
trabalhar para ajudar no sustento de casa. Aos sete anos começou a vender sorvete. Depois foi cobrador, guarda-costas, enfim, exerceu outras profissões até que o alcoolismo deu outro rumo à sua vida.
O interesse pelo crochê
surgiu quando era detento no interior de São Paulo. Marcos conta que o álcool e
as drogas acabaram com tudo o que tinha. Quando se viu em nada, começou a
praticar assaltos para sustentar o vício.
“Eu fazia muita coisa errada,
bebia, dava vexame, humilhava a mim e as pessoas, e no outro dia eu acordava
arrependido. Sempre pedia a Deus para que me ajudasse, até que fui preso. Ali,
onde não existia drogas, álcool e prostituição, tudo começou a mudar. Mesmo
tendo alguns anos para cumprir, eu só agradecia a Deus”,
desabafa.
Marcos conta que estar dentro de uma
penitenciária é difícil, principalmente pelo tempo, que parece não passar.
“Tudo é muito lento”. Ao ver outro detento fazendo crochê, decidiu que se ocuparia
com a mesma atividade. Foi a partir daí que a paixão surgiu e segue há
16 anos.
“É um trabalho que mexe com o ego. Ao terminar
uma peça, as pessoas começam a elogiar e isso fica na minha mente como algo
bom, criado por mim. Porque no mundo do crime, você faz coisas ruins e feias.
Em contrapartida, comecei a aprender algo que resultou em elogios. O processo é
lento e difícil. Ainda estou evoluindo, é uma luta diária, espero ser bem
melhor do que sou. Acredito que estou no caminho”.
Reconstruindo a vida
Durante o tempo em que esteve preso, Marcos
terminou o ensino médio e passou a gostar de ler. Através da leitura,
apaixonou-se por filosofia.
Em março, vai realizar uma prova seletiva
para o curso de pré-vestibular da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) e almeja fazer a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para
fazer um curso de graduação com bolsa integral.
“Meu objetivo é ser, porque
quando era ter, tive a “dor de cabeça, né?! brinca. Então, ser melhor
todos os dias, e me capacitar intelectualmente para quem sabe um dia, dar
aulas, compensar toda a inutilidade da minha vida até agora e lá na frente ser
motivo de orgulho para meu filho”.
Para conhecer
De segunda à segunda das 7h às 19h, no
canteiro da JK, próximo a Confeitaria Jauense.
O preço do artesanato é estipulado conforme o
tempo de confecção de cada peça.
PARABÉNS PELA CURA <DEUS AJUDA QUEM QUER
ResponderExcluirgostei muito dessa história de superação. Já estou seguindo o blog
ResponderExcluirhttp://byluab.blogspot.com.br/