O número de crianças criadas com a ajuda das avós vem crescendo consideravelmente nessa década. É preciso tempo e esforço para ensinar valores, como respeito, amizade, ética, e trabalho reforçado para impor limites, coisas que os avós tem de sobra.
Depois de 25 anos sem cuidar de um bebê, Vitória Coronel, 52, pedagoga, põe em prática novamente o seu lado mãe. A experiência dela, com a educação dos filhos e das crianças atendidas na creche onde trabalha, explica, tem sido fundamental para ajudar na educação da sua neta Isabela de 6 anos.
Vitória e sua neta, Isabela. Foto: Caio Coronel
“Acabei revendo alguns posicionamentos em relação à educação dos meus filhos. Antigamente, a gente repassava o mesmo padrão de comportamento que nos era imposto. Hoje, a cabeça das pessoas é mais aberta. A gente educa com mais tranquilidade”.
Vitória não concorda com o senso comum que “os avós estragam os netos”. No caso dela, é o contrário. “Nós, eu e meu marido, Caio, juntamente com a Viviane, damos limites e educação. E isso é amor”, diz.
Pesquisas recentes mostram que atualmente os avós são bem mais jovens e bem-sucedidos profissionalmente. E isso ajuda bastante na educação dos netos. Ela tem dois filhos, Willian, 33, pai da Helena de 8 meses e Viviane com 31 anos, mãe da Isabela, 6 anos
Esse crescimento está diretamente ligado ao mercado de trabalho que está passando por uma revolução. É cada vez mais comum as mulheres assumirem a chefia da casa ou dividirem essa responsabilidade com os maridos.
Segundo pesquisa do IBGE, o número de mulheres no mercado de trabalho aumentou 55,1%.
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