quinta-feira, 26 de abril de 2012

Um tratado sobre a realidade em Ilha do Medo


"Se entregar é a maneira de manter tudo em calma. Então, mostrar que você pode ser outra pessoa é a forma mais racional possível". É o que resume Scorsese em "Ilha do Medo" (2010) com Leonardo Dicaprio.

O roteiro de Laeta Kalogridis é insano, daqueles que chama o espectador para a briga de pensamento, reviravolta e um misto de desespero e fúria.

O filme foi baseado no grafhic novel de Dennis Lehane, mas a adaptação do cinema não segue a mesma estética criada pelo ilustrador. Scorsese usa da a iluminação para dar uma atmosfera mais pessoal ao seu trabalho.

Foi uma ótima escolha de Dicaprio, que tem se dedicado a filmes psicológicos e intimistas, mas sem esconder a preferencia pelos filmes de ação, desde Diamante de Sangue de Edward Zwick.
As cenas são cortadas e remixadas e dão a impressão de cortes súbitos ao longo da história, com morte, cenas de guerra e muito sangue, de graça.

Ilha do Medo, título usado impropriamente na tradução portuguesa, porém que poderia entregar toda a magia do filme se fosse usada a tradução original em inglês.

O ápice do filme é quando em um diálogo com os personagens Teddy Daniels e a personagem principal do enredo - a desaparecida paciente do hospital psiquiátrico - revelam “Depois que é considerado louco, toda a racionalidade sua é prova da loucura”, frase que citada em todo o desenrolar do texto.

A partir daí, absurdo, loucura e remédio são temas envolventes e reveladores. Até descobrir, atente-se para o spoiler, que a “Ilha do obturador” é realmente o que Danniels não queria que fosse, uma clínica para a sua loucura.

Assista ao trailler:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...